Sabesp reduz cerca de 14% do consumo de energia elétrica em Estação Elevatória de Água

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Para diminuir os gastos de energia em suas instalações, a Sabesp vem investindo nos últimos anos em projetos focados em eficiência energética. Um dos resultados de destaque é a Estação Elevatória de Água (EEA) França Pinto, que pertence ao Sistema Guarapiranga e garante o abastecimento de água nas regiões da Vila Mariana e Avenida Paulista, na capital de São Paulo.

 

A Estação Elevatória de Água França Pinto operava com três conjuntos moto-bomba de potência de 600 CV e outro de 1.250 CV. Na nova configuração, foram instalados equipamentos mais eficientes, substituindo os painéis e os conjuntos moto-bombas. A EEA passou a contar com cinco conjuntos de moto-bomba de potência de 450 CV cada um, além da interligação das linhas de recalque, equalizando as pressões e vazões e reduzindo a perda de carga nas adutoras.

 

Empresa brasileira de eficiência energética que atua no desenvolvimento e implantação de projetos com uso eficiente de energia, água e demais insumos, a Vitalux-Ecoativa foi a responsável pela modernização dos conjuntos moto-bombas. A companhia escolheu a Danfoss para o fornecimento dos conversores de frequência. “A Danfoss foi escolhida pela Vitalux-Ecoativa principalmente devido ao bom histórico de aplicações em que foram utilizados os conversores de frequência em outros projetos que executamos”, comenta Nivaldo Moreira Braga, engenheiro de automação e controles.

 

Na EEA França Pinto foram instalados cinco conversores de frequência VLT® Aqua Drive FC 202 nos novos sistemas de bombeamento de água tratada. “O objetivo foi aperfeiçoar o consumo específico (kWh/m³) da EEA França Pinto, visando à redução do consumo de energia elétrica da elevatória”, adiciona Braga. Com a modernização, a Sabesp reduziu em 13,8% o consumo de energia elétrica nesta EEA.

 

Os VLT® Aqua Drive foram configurados com uma rotação fixa, entre 57,0 e 58,8 Hz, permitindo a operação dos conjuntos moto-bombas com a melhor condição energética da estação em função da solicitação hidráulica imposta pelo CCO da Sabesp. 

 

O processo para apresentação do Diagnóstico Energético da EEA França Pinto na Chamada Pública da AES Eletropaulo foi iniciado em 2015 e finalizado em outubro do mesmo ano com a aprovação do projeto. Por se tratar de uma empresa mista, cujo maior acionista é o Governo do Estado de São Paulo, a Sabesp precisou licitar a implantação do projeto, que ocorreu em 2016 e vencida pela Vitalux-Ecoativa.

 

O início da implantação do projeto aconteceu em janeiro de 2017 e foi finalizado em outubro do mesmo ano. A Estação Elevatória recebe água por gravidade da Estação de Tratamento Alto de Boa Vista (ABV) por meio da adutora de água tratada ABV-França Pinto e recalca para os reservatórios Vila Mariana e Avenida Paulista.

 

“Os programas de eficiência energética têm como objetivo economizar energia, aumentar a capacidade do sistema de recalque de água para atendimento da população e gerar ganhos financeiros, sociais e ambientais pelas próximas décadas”, destaca Andrea Matos, gestora de energia da Diretoria Metropolitana da Sabesp.

 

O projeto foi financiado pela AES Eletropaulo, que disponibilizou R$ 1,65 milhão, que representou 32% do valor total do projeto de aproximadamente R$ 5,1 milhões, ficando a Sabesp responsável pelo valor restante (R$ 3,45 milhões). O valor foi direcionado para a Vitalux-Ecoativa, contratada por meio de licitação para realizar o projeto executivo e a obra. Pelo fato do modelo de contratação ser do tipo Performance, a contratada não só é responsável pela escolha dos equipamentos, fornecimento e montagem, mas também pela supervisão da operação durante 12 meses, garantindo o resultado operacional do projeto, estabelecido em contrato.

 

Com esse novo modelo, a Sabesp pagará a concessionária com o próprio resultado, ou seja, com a economia de energia elétrica. Desta forma, a Companhia ganha uma instalação com desempenho energético muito maior e a AES Eletropaulo passa a lidar com uma exigência de demanda de energia menor.